terça-feira, 31 de maio de 2011

O refugiado que deu bispo


Por falar em bispos (não há Igreja católica sem bispos - pós comentário a alguns comentários à frase de D. Carlos Azevedo, ontem), este vai ser ordenado do dia 23 de Junho, na Catedral de São Patrício de Melbourne. Até aí, nada de especial. É um dos quatro mil que a Igreja católica tem. Mas deverá ser o único que foi “boat people”. Vincent Long Van Nguyen tinha 18 anos quando a sua família, depois da tomada de Saigão pelos comunistas, fugiu do Vietname num pequeno barco carregado de refugiados. De certeza que ele não chegou à Austrália, onde ingressou nos franciscanos, no mesmo barco, ao contrário do que a notícia dá a entender. Mas é uma história assinalável. Li aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não tem havido Igreja sem bispo, mas sabemos que, pelas origens, a actual configuração do episcopado não é a única. Desde logo, o episcopado começou por ser visto como um serviço e não como exercicio do poder. Depois, tanto existe um episcopado plural como singular (um bispo ou vários bispos). Finalmente, importa notar que nos inícios todos os cristãos participavam na escolha dos pastores. Não havia processos secretos nem delações. As próprias divergências eram assumidas em público (v.g os casos de Corinto e de Milão).

Jorge Pires Ferreira disse...

Obrigado pelo seu comentário. Alguém me disse, mas não sei como confirmar, que até há pouco tempo, numa diocese suíça de língua alemã (ou talvez mesmo do sul da Alemanha), ainda era necessário consultar o povo para nomear o bispo - um resquício de outros tempos menos centralizadores.

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