segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Como estais luz sem luz, vida sem vida

Como estais luz sem luz, vida sem vida,
Sol sem curso, com sede fonte pura,
Imagem do pai eterno, sem figura
Do mesmo pai, palavra emudecida!

Vara santa de Arão, já não florida,
Belo espelho de ceo, sem fermosura,
Doce favo de Sansão, entre amargura,
Torre de David forte, enfraquecida!

Mas sem vida dais vida, luz sem luz,
Vossa sede farta ao mundo, e a imagem,
Que tentes, me faz ver onde vos pus.

Calado ensinais, imovel moveis
Mais duros corações que a dura lagem,
Morto, espelho mais belo pareceis.

Frei Agostinho da Cruz (1540-1619), frade do Convento da Arrábida (na imagem)


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